sábado, 30 de maio de 2020

Fantasias sexuais para pôr em prática depois da pandemia

No blog de Mayumi Sato, em Universa, há o resultado de uma pesquisa com 1.026 pessoas sobre os desejos sexuais que têm vindo à tona nesse período de isolamento e que pretendem ser realizados no pós pandemia. Os resultados são os seguintes: A maioria, 59% , deseja realizar sexo a três. Em segundo lugar vem o desejo de conhecer alguém em um aplicativo e transar na mesma noite. Além desses dois, as respostas são: ir a uma casa de swing, transar com pessoas olhando, no mesmo ambiente, e transar em locais públicos.

A maioria das fantasias sexuais não é colocada em prática, mas é muito difícil encontrar alguém que não as tenha. A grande vantagem das fantasias é poder inventá-las da maneira que se quiser. Cada um é dono do seu próprio espetáculo: decide o elenco, o argumento, a direção, a edição, os ângulos de câmera e os efeitos especiais. Além disso, não há motivos para se preocupar com críticas negativas ou censura: você é a única pessoa que poderá ver as suas fantasias sexuais. Contudo, nem todos se sentem tranquilos dando asas livremente à imaginação. Muitos se envergonham de suas fantasias.

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Uma pessoa pode sonhar com quem desejar e imaginar qualquer cenário e ritual para um encontro amoroso. Mas pesquisas indicam que as fantasias geralmente envolvem parceiros conhecidos, um ex amor ou o marido da vizinha, ou mesmo a balconista do mercado. Os locais escolhidos também costumam ser bastante comuns. As atividades imaginadas se abrem para um arco que vai do romantismo açucarado até os malabarismos mais circenses.

Quanto a compartilhar a fantasia, não há consenso. Há especialistas, como o neurologista Martin Pörtner, recomendando que quanto menos se falar, melhor. As fantasias devem ser descobertas na cama e na prática. A verbalização desestimula, segundo ele. Nenhum casal está livre do conflito das fantasias com terceiros.

Em seu livro “Psicopatologia das relações amorosas”, o psicanalista austríaco Otto Kernberg afirma que os casais sempre dividem a cama com mais quatro pessoas: os rivais e os tipos ideais de cada par. Diante do inevitável, Kernberg alerta que a fantasia deve ir para o baú quando resulta em dor física ou emocional.

É comum as pessoas se sentirem culpadas por suas fantasias. Geralmente elas visualizam situações, que não gostariam de experimentar na vida real. Elas se prestam basicamente para elevar o nível de excitação. Mas não deveriam causar preocupação. É provável que tais fantasias pertençam justamente a uma área de repouso da experiência humana, livre de explicações racionais.


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quinta-feira, 28 de maio de 2020

Naturalização da dor durante a relação: mulheres também querem prazer!

Veja o conteúdo no site: Naturalização da dor durante a relação: mulheres também querem prazer!

A dor durante a relação é uma coisa muito comum, principalmente entre as mulheres. No entanto, ser algo recorrente não significa que é natural, muito menos aceitável. Mas, no dia a dia, a dor feminina durante o sexo é naturalizada.

Quando falamos de relacionamentos, precisamos pensar em, pelo menos, dois indivíduos que causam efeitos um no outro, psicológicos, emocionais e até físicos. Se o assunto for sexo, então, há muito mais intimidade envolvida, pois ficamos expostos ao outro da forma mais pura possível.

Esses são dois assuntos que a gente adora falar e, geralmente, trazem muitas reflexões boas. Mas, no post de hoje, precisamos relacioná-los a outro tema que liga as duas coisas: o gênero.

A Dona Coelha vai te explicar sobre a naturalização da dor da mulher no sexo em relações heterossexuais. Para isso, vamos pensar um pouco sobre como a sociedade nos levou a isso e quais as consequências de fingir não sentir dor. Sim, esse é mais um assunto sério e importantíssimo!

Preparados? Então, respira, inspira e se prepara para pirar!

Dor durante a relação não é normal: entenda as possíveis causas

Para começar, precisamos esclarecer que, ao falar de dor no sexo, não nos referimos a práticas e fetiches sexuais que envolvem tapas, puxões de cabelo e coisas do tipo. A prática de BDSM, por exemplo, é super gostosa quando os dois estão afim.

Fazer sexo com dor significa ter incômodos físicos que tornam essa experiência desagradável e nada prazerosa: tudo que ela não deveria ser. De fato, homens e mulheres podem experienciar dores durante a relação sexual, mas são elas que sofrem mais com isso, e pior: caladas.

Esses desconfortos, dos mais sutis aos mais graves, podem ter diferentes causas e efeitos no corpo feminino. Talvez a origem mais conhecida para as chamadas dispareunias seja a fisiológica.

causas de durante relação sexual dona coelha

Disfunções no sistema reprodutor, nos órgãos sexuais como um todo, doenças de pele e infecções, vaginite (inflamação da vagina), endometriose, miomas uterinos e várias outras patologias podem causar dores durante a penetração e o sexo.

Mas a mente também pode trazer desconfortos na hora em que você deveria sentir prazer. O vaginismo, por exemplo, causa contrações involuntárias dos músculos vaginais e pode ser causado por problemas psicológicos, bloqueios afetivos e coisas do tipo.

Além disso, a intensidade e a forma como acontece a relação pode causar incômodos na mulher. Sem a lubrificação adequada, toques e penetrações agressivas, até mesmo o material da camisinha podem acabar transformando o prazer em dor.

Algumas vezes, é fácil resolver esses problemas, como garantindo um bom lubrificante ou buscando um preservativo que não te incomode. Mas em várias outras situações as dores não passam – isso acontece em diversas relações e precisa de acompanhamento médico.

O problema é que grande parte das mulheres acaba aceitando a dor como normal, quando na verdade não é. Assim, sujeitam-se a transar com dor, mas sem prazer. Isso parece loucura para você?! Ou você superou diversas correntes sociais, ou você é homem.

O que é a naturalização da dor feminina? Conheça o que te aprisiona!

Pode ser difícil para algumas pessoas entender que a mulher se sujeita ao desconforto durante o sexo, mas, na real, isso acontece em nossa sociedade há muito tempo de forma naturalizada e ninguém fala muito sobre o assunto.

Antes de tudo, vale explicar que uma coisa naturalizada não é natural! Como assim? Isso significa que algo é tido como natural devido a condicionamentos sócio-histórico-culturais. Muitas questões de discriminação de gênero acontecem por conta disso, como a masculinidade tóxica que define os homens como agressivos e insensíveis “naturalmente”.

Entendendo o termo, fica bem fácil de entender esse assunto. Há gerações e gerações, as mulheres são vistas como objetos do poder masculino, inclusive para o prazer do homem. Assim, o sexo para mulher sempre foi tido como uma obrigação de satisfazer o homem, para fazê-lo gozar.

Essa ideia está muito clara nas palavras e expressões que usamos para nos referir às mulheres no sexo. Elas não transam, elas “dão”. Entregam seu corpo ao uso e posse dos homens. Uma vez que o seu papel dentro do sexo é satisfazer o homem, elas devem suportar tudo para ele ter prazer, inclusive a dor.

Dessa forma, as mulheres aprendem a se sentir desconfortáveis na maior parte do tempo e a ignorar esse incômodo – isso mesmo, não é só no sexo.

Toda uma cultura e disfunções sociais vão se enraizando em um mesmo problema: o machismo. A ideia de que o homem é melhor e tem poder sobre a mulher dá sustento a altas taxas de feminicídio, propagação da cultura de estupro, naturalização da dor e muitas outras coisas negativas para todos.

Mais prazer, menos dor: girls’ got to eat!

meme da phoabe

Deu para entender que sentir dor no sexo não é normal? Que as manas não têm que sofrer caladas para os caras terminarem? Se isso não estiver claro para você, a gente tem uma notícia bem ruim: o sexo nunca vai ser a maravilha que ele deve ser!

Afinal, transar é uma super fonte de prazer na relação a dois. Envolve intimidade, desejo, carinho e, muitas vezes, sentimentos profundos como o amor! Então, não vale a pena abrir mão de tudo isso para satisfazer os machos e você ficar na seca.

dores no sexo mulheres prazer sexual dona coelha

Da mesma forma, não é legal você gozar e a parceira ficar na mesma vibe que se tivesse feijão naquele pote de sorvete do congelador – ao invés do prazer esperado, ela encontra dor e desconforto no sexo. Faça a resposta a “foi bom pra você” ser um belo e grande: SIM!

Mas como conseguir se desvincular das correntes que nos aprisionam? Desconstruindo! Isso mesmo: converse com seus parceiros e parceiras, com as amigas, com as mulheres e os homens da família!

Conheça o seu corpo, os seus gostos e os seus limites: imponha-os! Diga não e peça para parar quando não tiver gostando. Você não tem que dar, você tem que receber! Muito prazer, por favor!

Não sinta vergonha em querer transar e sentir prazer, já dizia Cyndi Lauper: girls just wanna have fun! Permita-se gozar e faça sexo para curtir. As mulheres querem ter orgasmos e não dores.

Gostou do nosso papo de hoje? Mesmo sendo mais sério, o nosso intuito é sempre abrir mais portas e janelas para você chegar ao prazer da melhor forma possível!

E aí, conta pra gente o que achou nos comentários! Você se identificou com o post? Conhece relatos sobre isso? Sinta-se à vontade para falar com a equipe Dona Coelha, queremos aprender com vocês também!

Compartilhe esse post com as amigas para dar aquele toque singelo. Acompanhe a Dona Coelha nas redes sociais para mais conteúdos sobre sexo, relacionamento, toys e desconstrução! Até o próximo post!

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Você ainda acredita que para uma mulher não há sexo sem amor?

Ilustração: Caio Borges/UOL

Já ouvi muita gente dizer que sexo tem que estar sempre ligado ao amor. Desconfio que isso não passa de mais uma tentativa de restringir a sexualidade feminina, afinal, nunca se fez essa exigência ao homem. Ao contrário, sempre se aceitou que ele fizesse sexo com qualquer mulher.

Para provar que era macho tinha que estar o tempo todo pronto para o ato sexual. Com a mulher a história era bem diferente. Até algumas décadas atrás, caso ela gostasse de sexo, não podia demonstrar de jeito nenhum. Isso a desqualificaria como esposa.

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Mas, na verdade, com tanta repressão o sexo não era bom mesmo para ninguém, muito menos para as mulheres. O homem chegava à vida adulta com pouquíssima experiência, no máximo algumas transas com prostitutas. Quando casava com aquela moça virgem, que viria a ser a mãe dos seus filhos, o sexo se tornava, então, um problema bastante complicado para ele.

Era feito no escuro, embaixo das cobertas, com muita pressa. Se a maioria dos homens ainda ignora que para haver penetração a mulher deve estar lubrificada, imagine naquela época! O prazer da mulher não era nem cogitado. E elas aguentavam tudo com bravura, ou melhor, mansidão.

Com a mudança das mentalidades, iniciada na década de 1960, se começou a aceitar que a mulher tivesse prazer sexual, mas apenas com o homem que amasse. Se não fosse assim, seria considerado falta de decência. É por isso que, atualmente, ainda encontramos quem insista em afirmar que é da natureza feminina só desejar sexo se existir amor.

Mas desejo sexual e amor são distintos; podem existir juntos ou separados.


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terça-feira, 26 de maio de 2020

Vibradores: saiba tudo sobre o sextoy mais popular de todos!

Veja o conteúdo no site: Vibradores: saiba tudo sobre o sextoy mais popular de todos!

O assunto de hoje é um dos favoritos da Dona Coelha: vibradores! Se esse tema ainda não conquistou seu coração, prepare-se para sair daqui apaixonado! Hoje, vou explicar tudinho para você sobre esse brinquedo erótico incrível.

Eles são super populares como toys para a masturbação feminina, mas você sabia que eles vão muito além da penetração na vagina: há opções para os homens, para usar em casal, de estimulação da próstata, do ponto G e muito mais – mesmo!

Sem mais delongas, vamos entender de uma vez por todas o que são os vibradores, a história do toy e muito mais! Preparados para essa (re)descoberta de prazer?! Então, vamos lá!

O que são vibradores? Desmistificando o toy!

Quando você pensa em vibrador, é bem provável que a primeira coisa que vem à sua mente seja aqueles “pênis de borracha” que tremem um bocado e a galera usa para masturbação – é muito possível também que nessa cena tenha uma mulher brincando com o toy.

Sim, isso é vibrador, mas eles não se limitam a “imitações” do falo – os famosos dildos são os brinquedos eróticos desenvolvidos para replicar o órgão genital masculino e você pode entender a diferença entre os dois aqui no nosso blog também.

Os vibradores nada mais são do que sextoys que emitem ondas de vibração para estimulação sexual de homens e mulheres. Essa é a forma atual como entendemos esses objetos incríveis, mas você sabia que eles não foram criados para fazer a gente gozar?!

Como surgiu o vibrador? Uma opressão que não deu certo

história do primeiro vibrador dona coelha

Lá no século 19, quando as mulheres quase não tinham voz, algumas mudanças de humor causadas por estresse, como ansiedade, irritabilidade, perda de apetite e insônia, eram sintomas de histeria, uma “doença” psicológica que aparentemente só atingia a nós.

O diagnóstico desse “mal” fazia com que muitas mulheres fossem tiradas da sociedade, ficassem isoladas e muito mais. Mas o que tudo isso tem a ver com os vibradores? Tudo! Foi para tratar a histeria que o primeiro vibrador surgiu!

Movido a vapor, o primeiro vibradorThe Manipulator”, criado em 1869, pelo Dr. George Taylor, era um instrumento usado para massagear o clitóris das mulheres histéricas. Acreditava-se que era a única forma de tratar a doença, que seria causada por deslocamentos uterinos.

Loucura, né?! Se antes eles faziam parte de um sistema de opressão feminina, com o passar do tempo, o toy foi se tornando essencial para a liberdade das mulheres, principalmente a sexual! Quer ler mais sobre essa luta incrível de igualdade de gênero? Aprenda sobre o feminismo aqui no nosso blog!

Por que ter um vibrador?! Na verdade, por que não ter?!

Você pode estar se perguntando quais são as vantagens em ter um vibrador para chamar de seu. Bem, já te adianto que são várias, mas não vou falar de todas para não me prolongar. Depois de conferir tudo o que esse brinquedo erótico pode te proporcionar, você vai se perguntar: por que não tive um vibrador antes?!

A primeira, e talvez a maior vantagem que torne o toy tão especial, é que ele te auxilia no processo de autoconhecimento! A vida sexual da mulher sempre foi um tabu e entender que nosso corpo pode ser uma fonte de prazer é essencial. Com ele, você pode explorar suas zonas erógenas e aprender o que você mais gosta ou não!

A segunda é óbvia, mas super relevante: muito prazer! Com os brinquedos eróticos, você pode descobrir novas maneiras de chegar ao orgasmo – tudo o que a gente quer, né?!

Sabe aqueles dias em que vocês estão sozinhos, sem vontade de encontrar o parceiro ou parceira, mas a fim de se divertir?! Mais uma vantagem em ter um vibrador: brinquem desacompanhados – você pode gozar muito e rápido também, se quiser.

Outro ponto incrível dos vibradores é que eles podem ser usados na relação com os parceiros. Dá para rolar uma descoberta conjunta, novas práticas, um estimular o outro e muito mais! O sexo vai ser ainda mais gostoso!

Acho que não preciso falar mais nada sobre as vantagens que esse brinquedinho pode te proporcionar, não é?! Mas calma, a gente ainda tem de ressaltar outros pontos!

5 mitos e verdades sobre vibradores: acabe com as dúvidas!

Agora que você sabe o que é um vibrador, a história do toy e as vantagens em ter um, vamos desmistificar alguns mitos e verdades sobre vibradores, para você se jogar nesse “treme-treme” do prazer! Confira:

1. Vibrador é coisa de mulher

Felizmente, sim, vibrador é feito para mulher, mas a função do toy não se limita ao gênero, não, viu?! Geralmente, essa ideia é ligada à penetração vaginal, mas duas coisas são deixadas de lado por quem pensa assim.

Primeiro, ser mulher não necessariamente significa ter uma vagina – as manas trans são tão mulheres quanto as cis e também usam vibradores, viu?! O prazer é livre de preconceitos e o toy também!

Segundo, você pode usar diferentes brinquedos eróticos de várias formas, sendo a estimulação vaginal apenas uma delas. Quer saber como usar o vibrador? Confira nosso post e descubra novas formas de ter prazer com o toy!

2. O vibrador substitui o homem

vibradores podem substituir os homens dona coelha

Uma preocupação muito comum dos manos, em especial os héteros cisgêneros, é em serem trocados pelo sextoy. A dúvida surge porque o vibrador realmente oferece muito prazer, aí já viu, eles acham ruim quando as parceiras querem ter um toy para usar sozinhas ou até na relação a dois.

O Renan, marido da Dona Coelha, já explicou tudinho sobre a relação vibrador x homem aqui no blog. Dá uma conferida em todas as informações legais que ele deixou lá, mas, para já te aliviar: isso é um mito!

3. Vibrador é um “pênis” que treme

Como já falamos lá no comecinho, o vibrador pode ter o formato de um pênis sim,  mas ele não fica limitado ao falo. Da mesma forma que o sexo, o toy é uma ótima forma de desmistificar que só dá para transar com penetração – você já ouviu falar no Gouinage?

Assim, existem diversos tipos de vibradores disponíveis, em formatos e tamanhos variados, dá até para se perder na hora de escolher o seu toy preferido – por isso que vale a pena ter vários!

Tem opções para estimular só o clitóris, vibrador ponto G para mulheres e para homens, os bullets e muito mais!

4. Vibrador é coisa de gente sem vergonha

Muita gente por aí ainda olha os sextoys de forma pejorativa e cheia de preconceitos. Assim, acabam associando o uso de vibradores ao caráter das pessoas – mas o que uma coisa tem a ver com a outra? Nadinha!

Vibrador é coisa de gente que se ama, que quer gozar muito, que está se descobrindo, que quer novas aventuras sexuais, que gosta de brincar sozinho, que não liga pra falar de sexo ou até mesmo se sente tímido no assunto!

Sim, muitas pessoas acabam deixando de experimentar as maravilhas do toy por medo de julgamentos dos outros. A nossa dica, nesses casos, não é enfrentar todo mundo de uma vez, porque você precisa se sentir à vontade para aproveitar o toy – invista em vibradores discretos, como o vibrador batom – parece uma make de verdade!

É só limpar o vibrador que está novo!

Realmente, se você mantiver os cuidados e a higienização adequada do toy, ele continua novinho por muito tempo. Lembre-se de limpá-lo com água e sabão ou produtos específicos nos casos dos itens que não têm muita resistência à água.

Mas isso não quer dizer que ele está novo para qualquer um! Os vibradores não são compartilháveis! Quer que sua amiga ou seu amigo descubra o mundo dos toys? Incentive-o a investir no vibrador pessoal dele ou presenteie com um.

Ah, e só para você tirar isso da cabeça também: existem vibradores baratos sim! A gente entende que muitas pessoas ainda não se entregaram ao toy porque alguns modelos têm um preço pouco acessível, mas saiba que isso é muito variável.

Os valores aumentam e diminuem conforme as funções, tamanhos, materiais, tipos de bateria e muitos outros fatores. Aqui na Dona Coelha, você pode encontrar estimuladores incríveis e super acessíveis. Confira nossa lista dos vibradores mais procurados!

Viu só como esses sextoys são incríveis? Então, não perca mais tempo, garanta muito prazer com vibradores incríveis! No nosso site, você conta com uma entrega super discreta, viu?!

Gostou do conteúdo de hoje?! Para mais assuntos como esse, acompanhe a Dona Coelha nas redes sociais. Conta pra gente nos comentários: você tem um vibrador?! Queremos detalhes! Até o próximo post!

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segunda-feira, 25 de maio de 2020

“Meu vizinho tentava me seduzir o tempo todo. Quando quis, ele fugiu”

Ilustração: Caio Borges/UOL

“Um vizinho, que se mudou há pouco tempo para o meu prédio, tentava sempre me seduzir. Com frequência me convidava para ir ao seu apartamento e fazia promessas sobre os prazeres que iria me proporcionar. Nunca levei a sério suas propostas, mas a insistência fez com que eu decidisse transar com ele. Numa manhã, ao encontrá-lo, comuniquei que gostaria de ir à sua casa, naquela noite, experimentar tudo o que ele me prometera. Ele ficou sem jeito e deu uma desculpa. Daí em diante, passou a ter um comportamento diferente, evitando me encontrar. Disse que estava sem tempo e acabamos nos tornando estranhos.”

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O papel que homem e mulher desempenhavam no sexo, até algumas décadas atrás, teve regras claramente estabelecidas. Fazia parte do jogo de sedução e conquista o homem insistir na proposta sexual e a mulher recusar. Contudo, ele apostava no seu sucesso e, para isso, não media esforços. Quanto mais ela recusava mais ele insistia e mais emocionante o jogo se tornava. Só para ele, claro.

Para a mulher era um tormento. Além de toda a culpa que carregava por estar permitindo intimidade a um homem, seu desejo era desconsiderado, assim como seu prazer. Como usufruir daquele encontro? Não podia relaxar um segundo. Ela sabia que, se não se controlasse, seria logo descartada e ainda por cima rotulada de “fácil”.

Veja também:

Mas o homem continuava insistindo, e ela dizendo não. Ele nem a percebia, o importante era chegar ao final. Aprisionados à moral antissexual, nenhum dos dois tinha a menor chance de experimentar o prazer proporcionado pela troca de sensações eróticas. Se em algum momento a mulher cedesse, pronto. O homem se apaziguava com a confirmação da única coisa que buscava desde o início: se sentir competente e se afirmar como macho.

Agora as coisas mudaram. As mulheres dão sinais de não estarem dispostas a continuar se prestando a esse papel. Não querem apenas esperar passivamente que os homens se sintam atraídos e tomem a iniciativa. O machão está em baixa, e a mulher busca homens que se relacionem com ela em nível de igualdade em tudo, também no sexo.

Para alguns homens, a situação é complicada. Além de ser difícil aceitar a igualdade com a mulher, o temor de ser avaliado e comparado a outros homens gera insegurança. Sem contar que outras preocupações, nunca antes sentidas, estão agora presentes o tempo todo: ter o pênis pequeno ou fino, ter ejaculação precoce, não obter ereção no momento desejado, não proporcionar orgasmo à mulher. Mas a questão é que os homens que continuam procurando mulheres recatadas, acreditando estar assim mais garantidos, em pouco tempo se sentem insatisfeitos.

Acredito que esses conflitos só vão ser resolvidos quando o sexo for aceito como algo bom, natural, que faz parte da vida. E não se precisar mais atribuir a ele motivos que não lhe são próprios.


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sábado, 23 de maio de 2020

Hungria revoga direito dos trans: por que é tão difícil aceitá-los?

Ilustração: Caio Borges

Por 134 votos a 56, a Hungria revogou o reconhecimento de direitos de pessoas transgêneros no país. Os cidadãos trans húngaros não poderão mais mudar seus nomes e gêneros de registro em documentos. A nova lei define gênero como característica baseada em cromossomos apresentados no nascimento – a combinação popularmente conhecida como “XX” para mulheres e “XY” para homens.

A revogação recebeu muitas críticas. Krisztina Tamás-Sarói, da Anistia Internacional, disse ao “The Guardian”: “Esta lei empurra a Hungria de volta para a Idade Média, e destrói os direitos de pessoas trans e intersexo, deixando-as mais expostas à discriminação”.

Há sempre muitos equívocos nas afirmações sobre esse tema. Gênero é a forma de identificação de cada pessoa com o gênero masculino, feminino ou com os dois – ou com nenhum; enfim, as possibilidades são muitas. Essas formas podem convergir ou divergir da maneira como a sociedade o enxerga desde que você nasceu.

Cisgênero é a pessoa que se identifica com o sexo que nasceu. Transgênero – transexual e travesti – é a pessoa que se identifica com o gênero oposto. Intersexual é a pessoa que nasce com os dois sexos e vai se identificar com apenas um. Não-binário é o gênero fluido: pode ter uma fluidez dos gêneros ou assumir outras identidades.

O estudo de gênero mostra que as diferenças entre homens e mulheres não são naturais, mas sim construídas por cada cultura ao longo da história. A construção da identidade de gênero é o resultado da aprendizagem social desde o nascimento. Os modelos de comportamento e as características adequadas a cada sexo são estipulados com clareza.

Os papéis sociais não são determinados pela natureza. Do ponto de vista biológico, não se pode afirmar “isso é coisa de mulher e isso é coisa de homem”. O órgão genital ou a aparência física não são suficientes para indicar como uma pessoa se sente no mundo em que vive. A filósofa francesa Catherine Malabou diz: “É impossível determinar de antemão como um corpo responderá às regras que o controlam”.

Sintetizando:

  • Sexo é biológico, portanto há o homem, a mulher e os intersexuais, antes chamados de hermafroditas.
  • Gênero é uma construção social, que assume cada vez mais formas. É como você se reconhece e escolhe se apresentar para o mundo.
  • Sexualidade está ligada ao nosso desejo. Diferentemente do que muitos pensam, ela não está ligada ao nosso gênero. E é justamente isso que confunde as pessoas.

Transexuais vieram à superfície social há pouco tempo e são alvo de muitos preconceitos. Afinal, aceitar a ideia de que um homem deseja ser uma mulher e vice-versa é difícil de ser digerida pelos conservadores, que não aprovam quem escapa dos modelos.

Por isso há tanta discriminação e, consequentemente, tanto sofrimento. Mas a exposição que os transexuais estão alcançando, na maioria dos países ocidentais, mostra que as mentalidades estão mudando. Acredito que daqui a algum tempo, em vez de hétero, homo, bi, trans, diremos simplesmente “sexualidade”.


Hungria revoga direito dos trans: por que é tão difícil aceitá-los? publicado primeiro em https://reginanavarro.blogosfera.uol.com.br/

sexta-feira, 22 de maio de 2020

Tudo sobre libido: o que é? Para que serve? Como aumentar? Descubra!

Veja o conteúdo no site: Tudo sobre libido: o que é? Para que serve? Como aumentar? Descubra!

Aqui no blog da Dona Coelha, falar de sexo é o que mais gostamos. Porém, vocês já sabem que melhor que falar, é fazer. Mas e quando o desejo de fazer sexo é baixo ou quase nulo? Como entender as nuances da libido humana? Aliás, você sabe o que é libido?

Na hora do sexo até os menores detalhes podem fazer uma grande diferença. É por isso que conhecer o próprio corpo é fundamental. Você sabe o que pode acontecer quando sua libido estiver baixa? Vem com a gente nesse post, vamos entender o assunto!

Entenda o que é e como funciona a libido:

A palavra “libido” tem origem latina e, atualmente é utilizada para definir aquilo que nos dá disposição para buscar prazer e satisfação. Por isso está intimamente ligada ao desejo sexual, nas mais diferentes fases da vida.

A produção de hormônios sexuais interfere na forma como a libido se manifesta, tanto em homens quanto em mulheres. Porém, muitas vezes não sabemos reconhecer essa situação, já que ela pode ter uma influência discreta.

Por exemplo, o ato de estar motivado a satisfazer o parceiro sexualmente é um resultado importante da libido, assim como a dependência e o vício por sexo. Em níveis opostos, a falta de interesse também pode ser um reflexo da falta de produção hormonal: de testosterona, em homens, e de estrogênio, em mulheres.

Em mulheres, o ciclo menstrual também tem um poder gigante sobre isso. Afinal, elas ficam mais sensíveis, sentimentais e, além disso, no período fértil o desejo sexual costuma crescer loucamente.

É justamente nessa fase que o prazer sexual feminino é fundamental para a qualidade de vida da mulher. Segundo a medicina sexual, o bem estar da vida feminina pode ser impactado positivamente por suas relações amorosas nesse período.

Como aumentar a libido? Confira nossas dicas:

autoconhecimento como aumentar a líbido dona coelha

Nem sempre os problemas relacionados à libido partem exclusivamente de questões hormonais. As disfunções são responsáveis pela maioria dos casos, mesmo que indiretamente, mas problemas como crises familiares, no trabalho, histórico de depressão, ansiedade e estresse também são naturalmente prejudiciais.

Nesses casos, o tratamento médico é essencial para entender e resolver o problema. Seja com acompanhamento psicológico, terapêutico ou outro especialista, o importante é ter auxílio de um profissional capacitado.

Por outro lado, em situações em que a libido simplesmente deu aquela adormecida, é possível acordá-la sem grandes problemas. Confira nossas dicas, elas podem te ajudar a entrar no clima na hora do sexo:

Aprenda a reconhecer o problema e não se force

Nada de se obrigar a estar com a libido lá em cima mesmo em momentos complicados. Por mais que a gente entenda esse ponto, ele não acrescenta nenhum tipo de resultado positivo, pelo contrário, só deixa qualquer pessoa ainda mais frustrada.

A solução é simples: se questionar! Entender o que está acontecendo, quais são as causas da falta de desejo sexual. Muitas vezes, ao pensar um pouco sobre o assunto já entendemos onde está o problema e assim ficam muito mais fácil resolver. Sem pressão.

Se falta química entre o casal, uma sugestão é investir pesado nos momentos que antecedem até mesmo as preliminares. Uma pessoa com problemas em sentir vontade de transar precisa de atenção extra antes de sequer pensar em sexo, experimentem sair da rotina e descobrir coisas novas juntos.

Saiba do que você gosta no sexo

Literalmente, qualquer coisa pode fazer alguém perder o tesão. Basta que aconteça algo que incomode a pessoa. Os riscos são inevitáveis, principalmente em parceiros não frequentes, mas é fundamental que você tenha em mente o que gosta e o que não gosta em uma relação.

Afinal, quando uma situação confortável se repete uma, duas, três vezes, ela pode determinar um padrão que vai mandar todo seu desejo sexual para longe. Autoconhecimento faz toda a diferença nessas horas. Se você não gosta, não hesite em dizer. Proteja sua libido!

Se você tem companhia, sejam ainda mais criativos

Para dar um up na relação e aumentar o desejo em ambos, use a abuse de toda sua criatividade. Vocês podem apostar em jogos de sedução, provocação e colocar uma dose de romantismo.

Muitas vezes o corpo feminino demora muito mais para aumentar a libido que o do homem. Portanto, vale a pena investir em toys para mulheres, que ajudam a apimentar a relação e reascender a faísca nelas.

Busquem sinais de excitação, invistam em cada um deles e tenham criatividade para sair da normalidade, em ocasiões e momentos diferentes. Às vezes, sair da rotina é tudo o que uma pessoa precisa para sentir a libido aumentar.

Se não tiver companhia, use ainda mais sua imaginação

Estar no comando do seu próprio corpo e sensações pode ser primordial para ascender a vontade de transar. Liste suas fantasias eróticas, explore cada uma delas em sua imaginação e dê asas para seus desejos voarem.

Ler ou ouvir contos eróticos também pode te ajudar a recuperar a libido. Além disso, pode funcionar para te ajudar a identificar do que você gosta no sexo e te ensinar a explorar mais esses pontos. Lembre-se de que você também é responsável pelo seu prazer.

A masturbação nesses momentos é um verdadeiro exercício de consciência, é importante para manter uma estimulação que tenha constância e seja prazerosa. Para os homens, já fizemos um post que te ensina técnicas para  fugir da mesmice na masturbação.

E para as mulheres, um post sobre como se masturbar sozinha, sem vergonha. São leituras valiosas!

E então, gostou do post? Lembre-se de que para ter uma boa libido é necessário também nutrir uma boa saúde física e mental. O sexo reflete muito sobre a qualidade da nossa saúde, então, além de tudo, é importante alimentar-se corretamente e praticar exercícios físicos.

Agora que você já sabe o que é libido e como funciona, já pode agradecer por ela existir, não é? Manda um Whatsapp para a razão da sua libido e conta pra ela como ela é importante para o seu bem estar na vida e no sexo!

Nos vemos no próximo post!

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quinta-feira, 21 de maio de 2020

Veto à nudez e sexo coberto: curiosidades sobre repressão sexual no séc. 19

Ilustração: Caio Borges/UOL

No século 18, Idade da Razão, as pessoas reprimiam as emoções e davam vazão à sexualidade. Os românticos, já no século 19, faziam o contrário: restringiam a sexualidade e deixavam fluir torrencialmente suas emoções. Tornou-se estilo de vida exibir linguagem, palidez e decadência física como prova de grande sensibilidade da alma. Havia até um manual para ensinar a mulher a desmaiar.

No que diz respeito à repressão sexual, mas não só neste aspecto, o século 19 foi marcado pela presença avassaladora de uma pequena mulher: a rainha Vitoria, da Inglaterra. Sua época recebeu seu nome e sua marca. Os tabus vitorianos constituíram algo de novo, e os comportamentos regidos pela vergonha se estenderam a todo o Ocidente.

Veja também:

Algumas curiosidades da era vitoriana:

— A linguagem sofreu rápida transformação. Palavras como suor, gravidez, sexo, foram substituídas por termos mais evasivos. Ao invés de se dizer que uma mulher estava grávida dizia-se que ela se encontrava “em estado interessante” ou que se achava em “visita interior”. Na presença de uma criança recém-nascida, dizia-se que ela fora “descoberta debaixo de uma groselheira”.

— Noah Webster, que canonizou o vocabulário americano ao compilar seu primeiro dicionário, alterou palavras que considerava ofensivas, por exemplo, substituiu “testículos” por “membros privativos”.

— As mulheres passaram a descrever o local da dor para os médicos apontando para um ponto semelhante numa boneca, de modo a não ter de fazer algum gesto “deselegante” ou “indelicado”. Qualquer parte do corpo entre o pescoço e os joelhos passou a ser chamado de “fígado”.

— Durante o parto, o médico trabalhava às cegas, as mãos sob um lençol, para não ver os órgãos genitais da mulher. Tal atitude evitava que os médicos fizessem adequadamente o seu trabalho.

— A sexualidade reprimida foi removida para áreas inócuas, tais como os móveis. As pernas de piano eram cobertas por capas pelas damas embaraçadas, para não excitar os homens por sua semelhança com as pernas femininas.

— O código de boas maneiras não permitia que uma moça de boa família se admirasse nua. Ela não podia se olhar no espelho nem mesmo ver seu corpo através dos reflexos da água da banheira. Havia produtos especiais para turvar a água do banho, de forma a impedir tal vergonha.

— Na Inglaterra, a nudez total, por ocasião do dever conjugal, era considerada o cúmulo da obscenidade.

— Um médico alemão, doutor Carl Ludwig, da Universidade de Marburg, registra uma constipação conhecida como doença verde, mal estar provocado pelo receio de expelir gases em público depois das refeições, o que leva as mulheres a apertar convulsivamente as nádegas.

É difícil não rir ao ler esses relatos. Mas eles podem nos levar a uma reflexão importante. Em muitos aspectos, a forma de pensar e viver é específica de cada época. Podemos concluir então que comportamentos hoje criticados como ousados e imorais, podem num futuro menos conservador, serem totalmente aceitos.


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terça-feira, 19 de maio de 2020

Terapia sexual funciona? Entenda como pode mudar sua vida!

Veja o conteúdo no site: Terapia sexual funciona? Entenda como pode mudar sua vida!

O assunto de hoje é duplamente especial, porque vamos falar muito sobre prazer e bem estar, duas coisas que andam de mãos dadas, não é mesmo?! Então, a Dona Coelha vai te explicar o que é a terapia sexual e como ela pode te ajudar de várias formas.

Sim, colocar a terapia do sexo em prática tem muito a ver com prazer, mas não para por aí. Ela te ajuda a entender e lidar com aspectos de sexo e também sexualidade. Esses assuntos são envolvidos em tabus ainda hoje e, por isso, muitas pessoas ainda vivem com conflitos internos (e até externos) em relação aos temas.

Essa prática tem como intuito desconstruir esses tabus, as inseguranças e as “correntes” que nos aprisionam quando falamos sobre relações conosco ou com outras pessoas e que envolvem nossa sexualidade ou até as relações sexuais.

Por isso, hoje, você vai sair deste post entendendo como acontece a sexo terapia e como ela pode te ajudar. Ah, e ainda vai ter uma dica surpresa incrível para te incentivar nessa jornada! Quer saber mais? Então, vamos lá!

Como funciona a terapia do sexo? No divã com a Dona Coelha!

Quando você pensa em terapia, com certeza te vem à mente os profissionais da área da saúde mental, em especial os psicólogos. Está cada vez mais claro que manter um acompanhamento com esses especialistas é essencial para a sua saúde mental nos dias atuais.

Mas, ao invés de falar sobre problemas gerais que “tiram seu sono”, na terapia do sexo, você vai entender e analisar, junto com profissionais, as questões psicológicas que estão afetando sua vida sexual e sua sexualidade.

Isso acontece de várias formas, sendo a mais comum por meio de conversas com os terapeutas sexuais e/ou sexólogos. Ainda sim, para outras pessoas, o processo pode ocorrer por meio de expressões artísticas ou pessoais. Tudo vai variar conforme você se sinta mais confortável – leve, mas intenso!

Será que eu preciso? – Saiba quem pode (ou deve) fazer sexoterapia

Uma das coisas que acabam confundindo as pessoas é que muitos acreditam que sexoterapia tem a ver com a prática sexual única e exclusivamente. Mas, como já explicamos, esse processo vai muito além disso – até quem não tem a vida sexual ativa pode contar com esse auxílio.

Primeiramente, saiba que você pode praticar individualmente, para desenvolver um autoconhecimento ainda mais aprofundado. Nesse momento, você pode descobrir em que baseia suas relações, quais as visões que tem de você enquanto ser sexuado e até mesmo entender sentimentos que podem estar confundindo sua mente e coração.

Mas a terapia do sexo também pode ser praticada por casais. Essa é uma forma excelente de entender por que a relação esfriou em cima ou fora da cama! Uma ajuda para reviver os momentos bons e prazerosos ou, até mesmo, descobrir quando é hora de dizer adeus antes de vocês se machucarem.

Adolescentes também podem ter um acompanhamento com sexoterapeutas, desde que autorizado pelos responsáveis – os pais também têm muito o que aprender sobre esses temas. Essa é uma forma de diminuir conflitos que os jovens podem passar sobre suas identidades e até orientações sexuais.

Além disso, um processo da família toda pode ajudar os pais ou responsáveis lidarem melhor com situações que fujam de uma visão geralmente tradicional que eles aprendem sobre sexualidade e aprender a respeitar e acolher cada vez mais os filhos e filhas.

Sexoterapia: os problemas são mais comuns do que parecem

como é uma terapia sexual dona coelha

Agora que você entende melhor o que é a terapia do sexo e quem pode se beneficiar com ela, você pode estar se perguntando o que, exatamente, pode ser tratado nesse processo. Bom, aqui vai uma listinha:

  • Conflitos em relacionamentos interpessoais;
  • Problemas de saúde atuais ou não;
  • Dificuldades em comunicação;
  • Enfrentamento de traumas;
  • Dúvidas sobre atitudes sexuais específicas;
  • Dificuldades ou dúvidas sobre desenvolvimento sexual;
  • Problemas com a prática sexual atuais ou passados;
  • Problemas psicológicos que atingem a sexualidade, como raiva, ansiedade, vergonha ou culpa.

Viu só quantas coisas podem ser melhor compreendidas, enfrentadas e até superadas nessa terapia? E não se engane, até mesmo pessoas assexuais podem ter um acompanhamento para lidar com assuntos internos ou externos a si.

Terapia do sexo não é transa: as práticas sexuais ficam de fora!

Pode até parecer óbvio para algumas pessoas, mas a equipe Dona Coelha acha muito válido lembrar que você não vai transar durante a sexoterapia, viu?! Nem com o ou a terapeuta, nem com seu parceiro ou parceira, no caso dos casais.

Você está ali para entender questões psicológicas relacionadas a sexo, sexualidade e relacionamentos. Se quiser aprender mais sobre a prática sexual em si, acompanhe o nosso blog, com dicas semanais para ter muito prazer! Já viu nosso guia definitivo de posições sexuais? Incrível!

Surpresa: dica e mimo exclusivo da Dona Coelha para você!

livro sexo terapia Ana Canosa dona coelha

Além de tudo isso, a gente do lado de cá também quer te dar uma dica super especial para você curtir ainda mais esse tema! A sexóloga e escritora Ana Canosa publicou o livro incrível “Sexoterapia”, com crônicas de experiências sexuais reais da autora, para te ajudar nesse processo de autoconhecimento – tem na Dona Coelha!

E, falando de prazer sexual mesmo – que a gente tanto gosta – se você quiser se aprofundar ainda mais no seu corpo e descobrir novas formas de ter prazer, explore-se! Ah, os sextoys podem ajudar super nessa missão e torná-la ainda mais gostosa e divertida!

Os vibradores da Fun Factory são ótimas opções e aparecem em diferentes formas, tamanhos e até com estimuladores extras, com para o clitóris! Ah, e fica o mimo para você: garantindo seu modelo recarregável, você ganha o livro de brinde! Muito legal, não é?! Então, aproveita!

E aí, gostou do conteúdo de hoje? Para ficar por dentro de mais assuntos sobre sexo, relacionamento, sexualidade e toys, acompanhe nosso blog e fique de olho nas redes sociais da Dona Coelha! Até o próximo post!

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segunda-feira, 18 de maio de 2020

“O sexo foi maravilhoso! Mas não trocamos telefone e agora sinto um vazio”

Ilustração: Caio Borges/UOL

“Fiquei retida numa conexão em São Paulo, incomodada por perder quatro horas presa no aeroporto. Sentei num café com uma revista na mão e fui abordada por um cara, com um jeito entre gentil e misterioso. Quando perguntei seu nome, disse que não queria saber o meu, mas poderíamos inventar algum para cada um de nós. Sorrimos juntos e a partir daí foi só sedução de ambas as partes. O voo atrasou mais ainda, e não resistimos: fomos parar no hotel do aeroporto. O sexo foi maravilhoso! Mas nos despedimos apressados para eu não perder meu voo. Não trocamos telefone. Sentada dentro do avião, me bateu aquela sensação de vazio….”

***

Amor e sexo são impulsos totalmente independentes e pode haver prazer sexual pleno totalmente desvinculado das aspirações românticas. Não há motivo para o sexo não ser ótimo quando praticado por duas pessoas que sentem atração e desejo uma pela outra. Os homens sempre souberam disso e nunca se furtaram às relações sexuais com parceiras eventuais.

Veja também:

O sexo, quando vivido sem medo ou culpa, pode levar a uma comunicação profunda entre as pessoas. Mas há mulheres que tentam se convencer de que sexo e amor têm que caminhar sempre juntos. Recusam-se a fazer sexo no primeiro encontro, mesmo quando há muito desejo. Acreditam que ao ceder, o homem vai desvalorizá-la. É a submissão ao homem, ou seja, a crença de que têm que corresponder ao que imaginam ser a expectativa dele.

Muitas alegam que, após um sexo casual, se sentem frustradas e surge uma sensação de vazio. Mas de uma transa sexual com alguém que mal se conhece e, de quem não se pretende nada mais além da troca de prazer, só se pode esperar algumas horas muito agradáveis e ótimas lembranças.

A frustração e o vazio têm muito mais a ver com uma expectativa não satisfeita do que com o sexo em si. A questão é que, como o sexo não é visto como algo natural, costuma-se misturar as coisas e se busca algo além do que prazer: continuidade da relação — namoro ou casamento.

Embora ainda existam críticas ao sexo casual, penso que o prazer sexual independe do amor ou do conhecimento profundo de alguém. Para um sexo ser ótimo basta haver desejo e nenhum preconceito. E uma camisinha na bolsa, claro!


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sábado, 16 de maio de 2020

Libertando o sexo a distância durante o isolamento

(lustração: Caio Borges)

Em tempos de isolamento social, pesquisa do aplicativo de relacionamentos happn, com mil usuários, no Brasil, mostrou que 31% dos participantes responderam que já praticaram o sexting — sexo principalmente por mensagens de texto — desde o início do relacionamento, 16% por texto, 10% com ajuda de fotos e 5% com vídeo. Desses usuários, 15% aderiu à prática pela primeira vez.

Muitos dizem não conseguir entender essa forma de sexo e tentam desqualificá-lo. Penso que a estranheza ocorre porque qualquer forma de pensar e viver diferente da que se está habituado gera insegurança e medo. Afinal, o novo assusta. Ainda mais no que diz respeito aos relacionamentos amorosos e sexuais!

Veja também:

Ainda há no sexo muitos tabus e preconceitos. Desde cedo, as crianças aprendem a associar sexo a algo sujo e perigoso, porque ouvem as pessoas usarem o sexo para xingar e ofender a alguém. Todo palavrão tem conotação sexual.

Não é difícil perceber que a doutrina de que há no sexo algo pecaminoso é totalmente inadequada, causando sofrimentos que se iniciam na infância e continuam pela vida afora. Sem ser percebida como tal, a repressão sexual vai se instalando e condiciona o surgimento de valores e regras para inibir a sexualidade das pessoas. Tudo isso passa a ser visto como natural, fazendo parte da vida, o que causa grandes prejuízos.

A filósofa Marilena Chauí diz: “A repressão sexual pode ser considerada como um conjunto de interdições, permissões, normas, valores e regras estabelecidas, histórica e culturalmente, para controlar o exercício da sexualidade. Inúmeras expressões sugerem, o sexo é encarado por diferentes sociedades (e particularmente pela nossa) como uma torrente impetuosa  e cheia de perigos —  estar “perdido de amor”, “cair de amores”, ser “fulminado pela paixão”, receber as” flechas do amor”,” morrer de amor”.

Embora a maioria já não acredite que o sexo em si seja algo tão mau, de forma inconsciente ele continua sendo vivido como algo perigoso. Não é de admirar que tanta gente renuncie à sexualidade e que a atividade sexual que se exerce na nossa cultura gere tantos conflitos.


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quinta-feira, 14 de maio de 2020

Sem passar vergonha: tudo que precisamos saber sobre assexualidade!

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Não podemos negar, a sexualidade humana é um assunto incrível – que a gente adora, inclusive. Mas quando pensamos nisso, é normal que ainda nos restem dúvidas persistentes e uma das mais recorrentes está relacionada com a assexualidade.

Você já ouviu esse termo? De forma bem básica, até porque o assunto é muito profundo e complexo, podemos chamar de assexual pessoas que não sentem atração sexual por outros indivíduos

A assexualidade pode ser uma realidade total, condicional ou parcial. Essa é uma das orientações sexuais que estão representadas na sigla LGBTQI+ e também uma das menos conhecidas, o que gera muito desserviço para toda a comunidade.

Pensando nisso, a Dona Coelha reuniu algumas das informações mais importantes sobre o assunto, para apresentá-las a você da forma mais objetiva possível. E aí, vamos entender melhor o que é assexualidade e evitar passar vergonha por pura desinformação? Continue a leitura.

5 fatos sobre a assexualidade: desconstruindo estigmas

Assim como acontece na quebra de tantos padrões sociais voltados à sexualidade, pessoas assexuais costumam sofrer com o estranhamento de indivíduos que tiram conclusões super precipitadas sobre pessoas que não possuem ou possuem menos interesse em sexo.

Para iniciar um processo de desconstrução desses estigmas e ajudar a espalhar boa informação por aí, selecionamos cinco fatos que todo mundo precisa saber. Elas são essenciais para que possamos crescer juntos como sociedade, com empatia e respeito.

Primeiro fato: assexualidade não é doença, nem trauma

É cansativo bater na mesma tecla todas as vezes, não é mesmo? Porém, isso é algo importante, então vale a pena lembrar: nenhuma orientação sexual é doença, nem mesmo a assexualidade.

O fato de alguém não sentir interesse sexual não precisa, necessariamente, envolver um motivo. Simplesmente não existe aptidão sexual e isso é tudo, não é preciso justificativas, não faltou “uma transa de verdade” na vida da pessoa. É preciso respeitar esse fato ao invés de tentar resolvê-lo.

Segundo fato: sim, pessoas assexuais se relacionam afetivamente

amor e assexualidade dona coelha

Esse é um dos pontos mais complexos na mente de uma pessoa sexuada, conseguir separar relacionamentos afetivos de vida sexual. Ao contrário do que se pensa por aí, existe amor sem sexo e nem sempre ele é chamado de amizade.

Se quiserem, assexuais podem (e devem, né?) namorar ou construir qualquer outro tipo de relacionamento afetivo. Afinal, a necessidade de estabelecer vínculos emocionais e amorosos também é uma realidade para eles.

A diferença está no fato de que, nesses casos, o sexo será uma restrição no relacionamento. É muito importante enxergar isso de maneira positiva, afinal todos nós precisamos amar e ser amados, compartilhar a vida.

Terceiro fato: a assexualidade possui nuances importantes

Dizer que existem vários tipos de assexualidade talvez não seja a melhor maneira de nos referirmos às nuances dessa orientação sexual. Afinal, existem assexuais românticos, outros que não nutrem nenhum tipo de envolvimento romântico.

Também existem pessoas que se sentem atraídos sexual com determinadas condições. Trata-se da assexualidade condicional. É o caso dos demissexuais, por exemplo, que sentem atração sexual desde que desenvolvam sentimentos pela pessoa.

É por isso que não podemos colocar todos os indivíduos apenas em uma definição e esperar que isso seja justo. Tudo pode variar de uma pessoa para outra.

Quarto fato: a assexulidade não é um bixo de sete cabeças

assexualidade assexuais dona coelha

No final da década de quarenta, começaram a surgir os primeiros estudos científicos que se aprofundaram nos temas sobre a assexualidade. Um dos nomes mais conhecidos no contexto da época foi Alfred Kinsey, biólogo que divulgou pesquisas apontando que pelo menos 1% da população mundial afirmam não sentir atração sexual.

Esses estudos continuaram acontecendo, até que a 26 anos atrás, na Inglaterra, pesquisadores chegaram a exatamente a mesma porcentagem.  Isso demonstra que a assexualidade é uma realidade comum para muita gente.

Sendo assim, deve ser tratada de forma como é, não como um bicho de sete cabeças. Esse é um dos motivos pelos quais evitamos normatizar o sexo por aqui, afinal, assexuais também possuem libido, mas ela pode simplesmente ser canalizada em aspectos não eróticos.

Quinto fato: assexuais não são celibatários, nem coitadinhos

Existem pessoas, em contextos religiosos, que se abstém de relações sexuais voluntariamente. Normalmente, essas pessoas passam por um processo de voto ou doutrinação que despertam esse posicionamento.

No entanto, essas pessoas são chamadas de celibatários, não são assexuais. Nesses casos eles podem – ou não, sentir atração sexual, enquanto a assexualidade prevê a falta de interesse.

Além disso, vale a pena lembrar que a assexualidade é uma orientação válida, assim como qualquer outra, portanto, não há sentido em enxergar pessoas assexuais como “coitadinhos que não transam”.

Muito pelo contrário, esse é um grupo tão importante quanto e precisa receber o devido respeito, assim como qualquer outro. É hora de jogarmos nossos comentários, piadinhas e dúvidas impertinentes no lixo!

E aí, gostou do post? Esperamos que ele tenha te ajudado a conhecer um pouco melhor a assexualidade. Sempre vale a pena estudar sobre esse assunto! E para não perder nenhum dos nossos conteúdos, continue de olho em nosso blog e também em nosso perfil do instagram!

Nos vemos no próximo post!

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Medo de ficar só? Existe tanta solidão entre casados quanto entre solteiros

Ilustração: Caio Borges/UOL

Há algumas semanas, ouvi no consultório uma mulher de 35 anos dizer que quer muito se casar por temer a solidão na velhice. Lembrei-me então do que me disse, há alguns anos, a escritora Marina Colasanti: “Um dos elementos que causam a solidão dentro do casamento é que as pessoas evoluem em direções tão opostas que de repente uma não tem nada mais a ver com a outra. Podem se afastar quando um dos dois se volta muito para si. Isso é comum acontecer com os velhos.”

Regidos pelo amor romântico, fomos levados a acreditar que com o casamento as pessoas alcançarão uma complementação total, que os dois se transformarão numa só, que nada mais irá lhes faltar e, para isso, fica implícito que cada um espera ter todas as suas necessidades pessoais satisfeitas pelo outro.

Veja também:

O problema é que em pouco tempo essas expectativas se mostram incompatíveis com a realidade, e as frustrações vão se acumulando. Na busca de segurança afetiva, qualquer preço é pago para evitar tensões decorrentes de uma vida autônoma. Por medo da solidão, as pessoas suportam o insuportável tentando manter a estabilidade do vínculo.

O historiador inglês Theodore Zeldin afirma que o medo da solidão assemelha-se a uma bola e uma corrente que, atados a um pé, restringem a ambição, e são um obstáculo à vida plena, tal e qual a perseguição, a discriminação e a pobreza. Se a corrente não for quebrada, para muitos a liberdade continuará um pesadelo.

Segundo ele, a crença mais gasta, pronta para a lixeira, é que os casais não têm em quem confiar salvo neles próprios, o que é tão infundado quanto a crença de que a sociedade condena os indivíduos à solidão. Na realidade, existe tanta solidão entre os casados quanto entre os solteiros.

Não há dúvida de que o medo da solidão é responsável por muitas opções equivocadas de vida. O psicoterapeuta e escritor Roberto Freire não tem dúvida de que risco é sinônimo de liberdade e que o máximo de segurança é a escravidão. Ele acredita que a saída é vivermos o presente através das coisas que nos dão prazer.

A questão, diz ele, é que temos medo, os riscos são grandes e nossa incompetência para a aventura nos paralisa. Entre o risco no prazer e a certeza no sofrer, acabamos sendo socialmente empurrados para a última opção.


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terça-feira, 12 de maio de 2020

Aprenda como usar vibrador: dicas e passo a passo!

Veja o conteúdo no site: Aprenda como usar vibrador: dicas e passo a passo!

Vamos falar de coisa boa?! Hoje o assunto é daqueles que dão muito prazer, mas tem pegada de aulão também. A Dona Coelha vai te ensinar a como usar vibrador, para que você se entregue de vez ao lado bom da vida!

A gente poderia estar falando de várias coisas dentro desse tema: os melhores, quais os tipos etc, mas de nada adiantaria se você não souber como colocar o toy para funcionar e aproveitar tudo que ele tem para te oferecer.

Afinal, pode parecer bobo, mas muitas pessoas ainda não têm um brinquedo porque possuem dúvidas e inseguranças em relação ao seu uso. Por isso, vamos começar do zero e te ensinar um passo a passo básico para usar vibradores e gozar muito!

Preparados? Então, continue lendo com muita atenção e não erre mais na hora de brincar, sozinha(o) ou acompanhada(o). Vamos lá?!

Antes de usar o vibrador, você sabe o que é esse toy?

Essa pode ser uma pergunta simples, mas muita gente acha que todo vibrador é um “pênis de borracha” que fica tremendo. O nome dos briquedos sexuais que imitam o órgão genital masculino é dildo, vibrador não necessariamente segue esse ideal “realístico”.  Você pode entender melhor a diferença entre os toys aqui no nosso blog.

O que nos importa agora é que você entenda o que é vibrador: ele é um aparelho que emite ondas vibratórias para estimulação sexual, podendo ou não ser usado para imitar a penetração vaginal ou anal.

Sem falar que existe vibrador para estimulação criotoriana, da próstata, do ponto G feminino e muito mais! As possibilidades de tamanhos, intensidades de vibração e funcionalidades são imensas e vão muito além da penetração, como muita gente pensa por aí – ainda bem, né?!

Como usar vibrador: dicas para prazeres diferentes

Seria muito simples, para mim, falar apenas sobre os vibradores que podem simular a penetração, mas a Dona Coelha quer que você tenha um mundo inteirinho de possibilidades de prazer. Por isso, para dar as minhas dicas e tutoriais, vou primeiro falar sobre a forma de uso de acordo com os modelos de vibrador. Confira:

  • Estimulação na vagina

O uso mais popularizado dos vibradores é para a estimulação da vagina, quando rola a penetração mesmo. Uma das etapas mais importantes nesse uso é a lubrificação, nada de introduzir o toy sem estar bem molhada.

Assim como com o pênis, ela é essencial para que você sinta prazer e não desconfortos. Nesse caso, o uso de um lubrificante é super recomendado. Então, encontre uma posição confortável e, quando estiver bastante excitada, introduza o brinquedo sexual no canal vaginal.

Você pode controlar as vibrações e a intensidade do seu toy, aumentando e diminuindo conforme a sua vontade. As pulsações vão estimular o clitóris internamente (não entendeu?  Então aprenda tudo sobre o clitóris nesse post). Isso vai dar muito prazer!

De quebra, você pode mesclar movimentos que simulem a penetração, conforme você gosta – dessa vez, você está totalmente no controle!

  • Estimulação clitoriana

Já que trouxemos ele à tona, vamos falar dos vibradores que estimulam o clitóris, nossa principal fonte de prazer. Quando você conhece os poderes mágicos do seu “sininho”, não vai querer parar de brincar nunca mais!

Como a região é muito sensível, inicie com intensidades leves de vibração e movimentos suaves. Aos poucos, você pode ir aumentando os estímulos para ter ainda mais prazer – esteja preparada para chegar a orgasmos intensos!

  • Estimulação na próstata

Você já ouviu falar em ponto G masculino? Pois é, isso tem tudo a ver com a próstata e, para estimulá-lo, é possível contar o auxílio de vários vibradores e estimuladores de próstata

Isso pode ser novidade pra muita gente, porque a estimulação com penetração no ânus, seja de dedos ou toys, ainda é um tabu muito grande, principalmente entre homens cis heterossexuais.

Se você quer aproveitar o máximo de prazer que seu corpo pode oferecer, então se liga: muito lubrificante e relaxamento! Para sentir prazer nessa região, você precisa estar super à vontade!

  • Estimulação anal

Para quem já é adepto ao sexo anal ou está afim de experimentar, saiba que o uso de vibradores pode te dar ainda mais prazer! Mas essa região exige muitos cuidados, senão pode se tornar uma verdadeira dor de cabeça!

Os toys para o ânus devem sempre contar com uma trava de segurança, para que ele não seja “sugado” por aquela pressão natural do órgão, de aperta e solta. Aí já viu, o seu momento de prazer pode se tornar uma visitinha ao médico.

Capricha no lubrificante, fica super relax e se prepara! Ah, a estimulação do períneo pode ser uma ótima forma de se preparar para a penetração anal – aquela partezinha entre a vagina e o ânus (nas mulheres) ou entre o ânus e o saco escrotal (nos homens), que também é super sensível.

Ah, lembre-se de usar camisinha no vibrador, principalmente se você também brincar com ele na vagina: saúde em primeiro lugar, galera!

Para você ou para nós: um sex toy super versátil

Agora que você já sabe como usar os vibradores e os cuidados que deve ter para que o prazer não seja substituído pelo desconforto, vamos falar de algumas vantagens desse brinquedo erótico?

A primeira delas, e talvez mais importante, é a possibilidade do autoconhecimento. Essa é uma forma incrível de se entender e conhecer seu corpo e o que você gosta. Explore seus sentidos, as zonas erógenas e tudo mais, assim você vai ter muito prazer

Além de poder ser usado para masturbação individual, você pode colocar o vibrador no relacionamento a dois! O parceiro ou parceira para estimular você e vice-versa, assim, vocês apimentam a relação e deixam tudo mais divertido e inusitado.

Para os casais heterossexuais, vocês podem estar se preocupando atoa, pensando que o toy substitui o homem. Dá uma olhadinha nesse post do blog, que a Dona Coelha já explicou tudinho e tranquilizou vários corações!

Cuide do seu brinquedo erótico: limpe o vibrador!

Antes e depois de cada uso, é essencial que você limpe seu toy com água e sabão, ou com produtos apropriados no caso dos vibradores que não são à prova d’água. Só assim você evita algum tipo de contaminação ou infecção – e nada de emprestar o toy para ou de alguém!

Guarde seu amigo em um lugar seco e sem iluminação, como na gaveta mesmo. Quanto mais e melhor você cuidar dele, mais intensa e duradoura será a relação de vocês.

Agora você já sabe como usar vibrador, como cuidar dele, os prazeres que ele pode te permitir e muito mais… Tá esperando o que?! Mãos à obra! Pegue o seu e divirta-se, a equipe Dona Coelha deseja muito prazer para você!

Gostou do conteúdo de hoje? Então, acompanhe a Dona Coelha nas redes sociais e fique por dentro de mais assuntos sobre sexo, relacionamento, toys e muito mais! Até o próximo post!

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segunda-feira, 11 de maio de 2020

“Minha namorada reage com vergonha e culpa a qualquer contato sexual”

 

“Tenho 32 anos e estou namorando, há oito meses, uma mulher que tem 30. Gosto de muitos aspectos dela, só que estou desanimado quanto ao sexo. A forma como ela reage a qualquer contato sexual a faz parecer uma menina de 12 anos. Ela tem vergonha e por qualquer coisa sente culpa. Sua família é muito religiosa e ela teve uma educação rígida, principalmente, quanto ao sexo. Não gostaria de transar com outras mulheres, mas acho que não vai dar para continuar desse jeito.”

***

É difícil encontrar alguém que nunca tenha sentido vergonha ou culpa por causa de sexo. Esses sentimentos, tão presentes na nossa cultura, fazem com que quase todos se recriminem por suas atividades ou mesmo por seus desejos, como se não fossem algo humano.

No mundo ocidental, o corpo é visto como inimigo do espírito. Aprendemos a nos sentir envergonhados e culpados por ele, principalmente pelos órgãos sexuais e suas funções. Há muito tempo nos ensinam que imagens do corpo humano nu, particularmente experimentando o prazer sexual, são obscenas. E mesmo quando se consegue rejeitar conscientemente todo esse moralismo, a mensagem negativa é absorvida sem que se perceba.

Veja também:

As antigas civilizações tinham atitudes bem diferentes diante da nudez e do sexo. Desconheciam o conceito de obscenidade, e as imagens dos órgãos sexuais eram encaradas com naturalidade. Mas no momento em que a ideologia da supremacia do homem condicionou o modo de viver da humanidade, a sexualidade começou a tomar outro rumo.

Obcecados pela certeza da paternidade, os homens reprimiram de todas as formas a sexualidade feminina. Mais tarde, na Idade Média (séculos 5 ao 15), o corpo humano foi condenado por conta do pecado original, e a anti sexualidade se tornou um refrão obsessivo.

Por mais incrível que pareça, o hábito do banho também foi atacado, considerando-se que qualquer coisa que tornasse o corpo mais atraente era incentivo ao pecado. Os piolhos eram chamados de pérolas de Deus, e estar sempre coberto por eles era marca indispensável de santidade. A falta de higiene era vista como pré-requisito para a salvação da alma. Uma freira, por exemplo, ficou 53 anos sem lavar qualquer parte do seu corpo, com exceção dos dedos.

A impressão é a de que temos um gatilho de culpa pronto para disparar e nos atingir à menor provocação. É claro que a consequência dessa visão tão distorcida do corpo humano é dramática: o grande número de pessoas frustradas e insatisfeitas.


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sábado, 9 de maio de 2020

A ausência de contato físico com a pessoa amada durante a pandemia

Ilustração: Caio Borges/UOL

 

O epidemiologista Neil Ferguson insistia na importância de manter o confinamento e defendia que o isolamento social continuasse em vigor no Reino Unido até que os cientistas encontrem uma vacina eficaz contra o coronavírus. Ele foi coautor de um relatório que previa até meio milhão de mortos pela Covid-19 se o governo não endurecesse sua estratégia.

Após receber a namorada, o assessor do governo britânico se demitiu por ter violado o isolamento por ele proposto, o que foi denunciado pelo jornal The Daily Telegraph.

Veja também:

Não é fácil de lidar com a ausência física da pessoa amada em tempos de isolamento. A necessidade de tocar, abraçar e acariciar é uma constante. A pele, o maior órgão do corpo, até há pouco foi negligenciada.

Ashley Montagu, um especialista americano em fisiologia e anatomia humana, se dedicou, por várias décadas, ao estudo de como a experiência tátil, ou sua ausência, afeta o desenvolvimento do comportamento humano. A seguir algumas de suas considerações.

A linguagem dos sentidos, na qual podemos ser todos socializados, é capaz de ampliar nossa valorização do outro e do mundo em que vivemos, e de aprofundar nossa compreensão em relação a eles. Tocar é a principal dessas linguagens. Nosso corpo é o maior playground do universo, com mais de 600 mil pontos sensíveis na pele.

O sexo tem sido considerado a mais completa forma de toque. É possível ficar muito tempo acariciando alguém sem repetir nunca a mesma sensação. Em seu mais profundo sentido, o tato é a verdadeira linguagem do sexo. É principalmente através da estimulação da pele que tanto o homem quanto a mulher chegam ao orgasmo, que será tanto melhor quanto mais amplo for o contexto pessoal e tátil.

Montagu acredita que a estimulação tátil é uma necessidade primária e universal. Ela deve ser satisfeita para que se desenvolva um ser humano saudável, capaz de amar, trabalhar, brincar e pensar de modo crítico e livre de preconceitos.


A ausência de contato físico com a pessoa amada durante a pandemia publicado primeiro em https://reginanavarro.blogosfera.uol.com.br/