Certa vez, uma amiga me descreveu seu namorado como inteligente, culto, gentil, bonito. Dizia ter encontrado a “pessoa certa”. Foi enorme a surpresa que tive ao conhecê-lo. Na realidade, ele não correspondia a nenhuma das características que ela lhe atribuiu, pelo contrário, era o oposto de tudo.
As características do amor romântico são bem claras: você idealiza uma pessoa e projeta nela tudo o que gostaria que ela fosse. Atribui a ela características de personalidade que na verdade não possui. Não se relaciona com a pessoa real, mas com a inventada de acordo com as próprias necessidades.
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Várias são os equívocos que esse tipo de amor impinge a homens e mulheres para manter a fantasia do par amoroso idealizado, em que duas pessoas se completam, nada mais lhes faltando. Entre elas estão as seguintes afirmações: Os dois se transformam num só; um terá todas as necessidades atendidas pelo outro; nada faz sentido se o amado não estiver junto; quem ama não sente desejo por mais ninguém.
O resultado dessas crenças na vida a dois é que, com frequência, um imagina o outro como na realidade ele não é, e espera dele coisas que ele não pode dar. As expectativas e ideais do amor romântico são passados como a única forma de amor, e as pessoas aprendem a sonhar e a buscar um dia viver tal encantamento.
Entretanto, como nenhuma delas corresponde à realidade, em pouco tempo de relação elas se decepcionam e se frustram. E, como acontece com frequência, a mágoa e o ressentimento tomam conta da vida do casal.
Você está se relacionando com uma pessoa real ou inventada por você? publicado primeiro em https://reginanavarro.blogosfera.uol.com.br/
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