Surgem grupos, principalmente nos EUA e no Reino Unido, que defendem e promovem estilo de vida baseado no papel da esposa tradicional. As ‘#tradwives’ decidiram deixar seus empregos para se dedicar totalmente ao trabalho doméstico e defendem que sua felicidade passa pela subserviência aos maridos e filhos. “Donas de casa da nossa geração que estão felizes em se submeter, cuidar da casa e mimar o marido como se fosse 1959”. Assim define o propósito das #tradwives Alena Kate Pettitt, fundadora da plataforma online The Darling Academy.
Durante cinco mil anos, as mulheres sofreram todo tipo de constrangimento familiar e social. Foram humilhadas, desprezadas, escravizadas. A elas foram negadas quase todas as experiências do mundo. Consideradas incompetentes e desinteressantes ficaram relegadas ao espaço privado. A luta das mulheres para se livrar da opressão tem sido longa e árdua. Mas esse retrocesso não é novidade.
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A primeira reação ao movimento feminista surgiu na década de 1980. A mídia americana divulgou alarmantes sinais de que as mulheres haviam perdido muito com sua revolta contra a histórica opressão masculina. A revista Newsweek informou que o estresse atacava mulheres, que agora eram executivas de empresas. As mulheres solteiras e independentes estavam “deprimidas e confusas” devido à “falta de homens”, disse o New York Times.
Acredito, entretanto, que as propostas absurdas contra as mulheres não sejam um retorno aos antigos valores. Mesmo porque tanto homens como mulheres possuem o mesmo potencial para os diversos comportamentos. A supremacia masculina, que perdurou tanto tempo, envenena todas as relações humanas, prejudicando também os homens.
Mulher decidiu ser submissa ao marido: porque isso é retrocesso lamentável publicado primeiro em https://reginanavarro.blogosfera.uol.com.br/
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